Há muitos anos comprei um modelo do foguete Satuno 5, das missões apollo, que levou o homem a Lua.
Este modelo tem a altura de aproximadamente 33cm em escala 1:300 e por muito tempo ficou solitário em minha prateleira.
Modelo do Saturno 5 na escala de 1:300
Resolvi implementar o modelo construindo o launchpad com animação, iluminação e sons do lançamento.
Launchpad do Saturno 5 a caminho da base de lançamento
Modelo de lounchpad comercial
Como sempre decidi construí-lo com material que pudesse encontrar na sucata, em casa, ou destinados a outros propósitos. Claro, a estrutura não teria detalhes exatos e sim representativos.
A TORRE
Eu tenho guardado alguns palitos plásticos para adoçar café, que parecem estruturas metálicas, e seriam adequados para construir a estrutura da torre de lançamento.
Palitos para adoçar café
Construindo a torre
Algumas hastes de sustentação da torre são palitos de madeira.
A estrutura da torre na etapa de pintura
A BASE
Achei uma caixa plástica, que é vendida em uma destas lojas japonesas de "bugigangas", com dimensões adequadas e que serviria para o projeto.
Caixa plástica que será usada para a base.
Detalhe da tubulação de combustível
Tubulação de combustível
Torre, base recortada e os tubos de abastecimento de combustível.
OS DETALHES DA BASE
Os detalhes na base, também, são construídos com partes encontradas na minha caixa de sucata.
Alguns detalhes da estrutura da base e da torre foram tiradas desta outra caixinha
Base, torre com a estrutura do elevador e o guindaste sendo testado
Elevador feito com um conector USB
ILUMINAÇÃO
O conjunto será iluminado em todos os pavimentos da torre, o foguete por holofotes simulados e a exaustão do foguete com WLED controlados por microcontrolador. Os WLEDs ficarão por baixo da estrutura.
Teste da iluminação
HASTES DO UMBILICAL E A PONTE PARA O MÓDULO DE COMANDO
Feitas com recortes da caixa verde e serão movimentadas por servos.
Servo de movimento das hastes do umbilical
Teste de movimentação das hastes do umbilical
SOM
Um microcontrolador será encarregado do controle de todo o conjunto, inclusive gerar o som da contagem regressiva e partida dos motores. Uma pequena caixa de som foi construída para a reprodução
11/12/2022
Hoje a nave ARTEMIS voltou de sua viagem inaugural à lua, sã em salva.
Continuando a minha odisseia na construção da maquete animada da Apollo 11.
Há ainda muitos detalhes para acertar, mas está evoluindo.
Eletrônica finalizada.
Acertando detalhes do firmware da plataforma e do painel de controle.
Painel de controle no celular feito com a plataforma MIT-AI2, para Android.
Layout do painel de controle é baseado no equipamento original do Centro de controle da Apollo em Houston.
Uma das mesas de controle das missões Apollo (foto NASA)
Tela de telemetria no celular
Gráfico de fases da ascensão até a inserção na orbita da Terra
O Som é uma mixagem de áudios disponíbilizados pela NASA, na internet.
Os dados de telemetria enviados da Apollo (Arduíno) para o centro de controle (celular), via Bluetooth, foram retirados e simplificados da documentação oficial da NASA sobre a missão da Apollo 11.
15/10/22 o lançamento no Museu da Imagem e do Som em São Paulo.
#LoadingEuVi
Trailer do documentário
Painel após a exibição.
O dia da entrevista
Tarde divertida gravando entrevista para o documentário "LOADING.. Nossos Primeiros Jogos de Computador", com Marcus Vinícius Garret Chiado e Carlos Bighetti.
Minha Experiência na ITAUTEC: Tentativas de Desenvolvimento e Inovação
Trabalhei no departamento de Engenharia de Controle de Qualidade da ITAUTEC entre 1982 e 1985. Posteriormente, após uma passagem pela revista Nova Eletrônica, meu gerente na época, o engenheiro Renato Bottini, deixou a publicação para ingressar na ITAUTEC. Ele expressou seu desejo de me levar para a empresa assim que surgisse uma oportunidade, o que se concretizou alguns meses depois.
Minha trajetória começou no laboratório da Engenharia de Controle de Qualidade em agosto de 1982, quando a fábrica da ITAUTEC estava localizada na Av. do Estado, 5359, ao lado do edifício do CTO (Centro Técnico Operacional) do Banco Itaú.
Eu e Renato (à esquerda) quando nos reencontramos há alguns anos.
Naquela época, Renato trabalhava na Engenharia de Controle de Qualidade da ITAUTEC ao lado de outros engenheiros, incluindo o gerente Luque, além de Alberto, Siegfried e outros, cujos nomes não me recordo no momento. No laboratório, a equipe era composta por mim e pelos técnicos Serafim e Aldo.
Inicialmente, nossas atividades eram focadas em testes para a homologação de novos componentes e equipamentos, especialmente quando novos lotes ou fabricantes eram introduzidos. Esses testes utilizavam metodologias um tanto obsoletas, exigindo uma grande quantidade de instrumentos para medição de parâmetros. Com a adoção de equipamentos mais modernos, seria possível realizá-los com maior rapidez e confiabilidade.
Com o tempo, Renato e eu começamos a propor novas técnicas de avaliação, resultando no desenvolvimento de ferramentas de teste inovadoras, como:
Um traçador de curvas para testar transistores, simplificando um processo que antes exigia múltiplas fontes de alimentação e multímetros.
Um circuito com contador digital para medir com precisão o tempo de abertura de fusíveis sob diferentes correntes.
Simuladores de linhas de transmissão para testar modems, substituindo a abordagem anterior, que envolvia longos cabos enrolados.
Cargas fantasmas para testar nobreaks, entre outros dispositivos voltados para testes específicos.
Muitas vezes, enfrentávamos desafios ao convencer os engenheiros sobre a validade dos resultados obtidos com essas novas técnicas.Muitas vezes, enfrentamos resistência por parte dos engenheiros para validar os resultados obtidos com essas novas técnicas.
Após alguns meses, parte da fábrica e a engenharia de qualidade foram transferidas para um prédio localizado do outro lado da Av. do Estado, conhecido como ETAN. Nesse novo local, o laboratório passou a atuar diretamente na linha de produção, desenvolvendo equipamentos para testar produtos em diferentes etapas da fabricação.
Prédio da ETAN.
(foto recente 2023)
O PRIMEIRO CAIXA AUTOMÁTICO ATM.
Este foi o primeiro caixa eletrônico (ATM) da ITAUTEC, instalado no CTO, na Av. do Estado, em São Paulo. Eu fui responsável pela montagem das placas em wire wrapping desse equipamento. O primeiro modelo sequer possuía cofre. Seu sistema de segurança, que detectava vibração em possíveis tentativas de arrombamento, utilizava como sensor uma cápsula de microfone de aparelho telefônico.
Imagem do grupo ITAUTEC no Facebook
A tela touch era um monitor CRT de 5" com fósforo verde e superfície plana. O sensor de toque era composto por uma matriz de LEDs e sensores infravermelhos, onde a posição do dedo era detectada pela interrupção dos feixes de luz, sendo interpretada pelo software e pela eletrônica do sistema. Essa tecnologia era similar às versões modernas, como as descritas no link abaixo:
Na mesma época, começaram os testes para o primeiro computador pessoal da ITAUTEC: o I7000.
O PRIMEIRO COMPUTADOR, O I7000.
O I7000 (Micrinho)
O I7000 (Micrinho)
O I7000 era um computador que operava com o sistema CP/M e, originalmente, possuía um processador Intel 8085. Seu projeto foi desenvolvido internamente pela ITAUTEC ao longo de quase quatro anos. No entanto, quando finalmente foi lançado, em 1982, sua arquitetura já estava defasada. Para contornar esse problema, no mesmo ano do lançamento, uma equipe de engenheiros de desenvolvimento e controle de qualidade trabalhou para modernizar sua arquitetura.
A principal mudança foi a substituição do processador 8085 pelo NSC-800 da National. Embora compatível em hardware e pinagem com o 8085, o NSC-800 trazia um conjunto de instruções equivalente ao do Z-80, permitindo maior eficiência.
Durante meses, o departamento de controle de qualidade realizou testes rigorosos de desempenho e confiabilidade, e o resultado foi apresentado com orgulho na II Feira Internacional de Informática. O Micrinho utilizava um monitor monocromático, cujo projeto foi baseado no circuito de vídeo de um televisor da Philco, empresa pertencente ao grupo Itaú.
O I-7000 PCxt.
Em 1985, a ITAUTEC lançou o I7000 PC-XT, que foi modelado no IBM PC, assim como outros computadores de diversos fabricantes da época.
O I7000 PC-XT foi o último produto com o qual trabalhei na ITAUTEC. No final da minha passagem pela empresa, questões não técnicas levaram membros do laboratório de controle de qualidade a reivindicar condições salariais e direitos equiparados aos de outros departamentos técnicos da fábrica. Infelizmente, essas reivindicações não foram atendidas e, após um ano nessa batalha, optei por deixar o grupo e aceitei uma proposta para retornar ao grupo da Prologica Microcomputadores, onde passei a trabalhar na Engenharia de Projetos. Minha experiência nessa nova fase é detalhada em meu blog.
O Depois da ITAUTEC
Após minha passagem pela ITAUTEC, mantive contato com alguns dos meus colegas de trabalho.
Claudio Nereu Faust, parceiro em diversas aventuras — tanto tecnológicas quanto não tecnológicas — colaborou comigo em projetos para outras empresas. Juntos, também construímos nossos próprios clones do CP300 da Prológica e desenvolvemos programas para esse computador.
Encontrei Alberto enquanto trabalhava na Engenharia da Prológica. Na época, ele visitou a empresa para oferecer memórias "fabricadas" pela ITAUTEC.
Com alfredo também fizemos alguns projetos para clientes que necessitavam de dispositivos microcontrolados.
Também tive contato com Luque quando ele apresentou para venda um mouse touch, que poderia ser utilizado em um projeto de totem de internet que eu estava desenvolvendo para a World Access Communications do Brasil. Esse projeto fazia parte da criação de um provedor de internet, por volta de 1997.
Até os dias atuais, Renato Bottini continua sendo meu parceiro em projetos de automação industrial.