Se você nasceu entre 1946 e 1964, parabéns: você faz parte da geração Baby Boomer. No Brasil, esses anos foram de crescimento, industrialização e… muita curiosidade pelo que o futuro traria. Mas uma coisa era certa: quando nós, eramos jovens, computador era coisa de ficção científica.
Quando os computadores chegaram
Nos anos 60 e 70, os computadores começaram a aparecer no
Brasil, mas não eram aqueles laptops bonitinhos que a gente mexe hoje. Estamos
falando de gigantes que ocupavam salas inteiras e precisavam de técnicos
para ligar. A maioria dos Boomers olhava aquilo e pensava: “Isso nunca vai
entrar no meu dia a dia.”
Anos 80: os microcomputadores chegam
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Eu no laboratório da Revista Nova Eletrônica em 1979 |
Aí vieram os microcomputadores, Apple II, TRS-80,
IBM PC. Eles eram mais “amigáveis”, mas ainda caríssimos. Quem tinha um na
empresa ou na universidade era considerado quase um mago da tecnologia.
Para os Boomers, o computador não era brinquedo: era trabalho
sério. Planilhas, processadores de texto e sistemas internos eram desafios
enormes. Muitos precisaram aprender na marra, e algumas histórias dão até
vontade de rir:
- Digitando
à mão cartas de clientes porque “o computador travou de novo”.
- Gastando
horas para salvar um arquivo em floppy disk de 8 ou 5 ¼ polegadas.
- Chamando
o técnico de informática toda vez que o computador fazia barulhos
estranhos, tipo “bip… bip… bip”… e você tinha certeza que ele ia explodir.
A ponte entre o analógico e o digital
Apesar de toda dificuldade, os Boomers foram a ponte
entre o mundo analógico e digital. Eles viram de tudo: da máquina de
escrever ao Windows, passando por planilhas gigantes que pareciam mais
quebra-cabeças.
Aprender a mexer em computadores foi, para muitos, uma
questão de sobrevivência profissional e de orgulho: quem dominava a máquina
na empresa, ganhava status instantâneo.
Resumo
Os Boomers brasileiros foram pioneiros da informática sem nem sonhar que isso ia dominar nossas vidas. Eles foram os primeiros a ensinar “como mexer nesse bicho” para colegas e filhos, criando a ponte entre o mundo de papel e o mundo
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