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Eu no laboratório da Revista Nova Eletrônica em 1979 |
Do lado direito, o sobrado onde funcionava a Editele e p laboratório da Nova Eletrônica.
Do lado esquerdo a fábrica inicial da Prológica.
(foto atual 2024)
Eu e Renato Bottini, meu gerente no laboratório da Nova Eletrônica (foto recente)
Eu e Renato Bottini, em 2020, trabalhando em projetos de automação industrial
Trabalhei no Laboratório da revista Nova Eletrônica nas décadas de 1970 e 1980.
A Revista Nova Eletrônica foi uma das melhores publicações sobre o assunto naquela época.
Trabalhar lá foi uma tremenda oportunidade de aprendizagem. Éramos uma equipe enxuta e bem entrosada, e todos os meses havia uma grande correria para lançarmos pelo menos um kit de algum projeto e escrever alguns artigos. Às vezes, as coisas iam às mil maravilhas; outras vezes, nem tanto. Isso rendeu muitas histórias interessantes, engraçadas e, por vezes, inusitadas.
Tentarei, à medida que for lembrando, postá-las aqui.
As fotos acima do laboratório são de Jorge Juppa, que na época era o responsável pelos desenhos técnicos da revista. Renato Bottini foi o gerente do laboratório e a pessoa que me convidou para fazer parte da equipe de projetistas da revista.
Até o presente momento (2021), Renato e eu continuamos parceiros e desenvolvemos projetos de dispositivos eletrônicos e software voltados para a automação industrial.
LIRPA e LIRPA GT
Quem se lembra dos artigos na Revista Nova Eletrônica (não lembro o número exato) que descreviam um sistema para tocar discos de vinil, onde o disco ficava parado e a agulha se movia em um carrinho, transmitindo o sinal via RF para um receptor?
Pois bem, esse artigo foi uma enorme "gafe" e foi copiado de um artigo de uma revista importada (da qual não me lembro o nome). O artigo original celebrava o primeiro de abril (LIRPA = APRIL ao contrário).
O engraçado é que nem o pessoal da redação da Nova Eletrônica percebeu o absurdo daquilo e publicou.
O sistema era tão ridículo a ponto de afirmar que o sinal de RF emitido pelo carrinho era prejudicial à saúde e que o ouvinte deveria vestir uma roupa blindada especial.
Depois de descobrirem a verdade sobre o artigo, a redação decidiu publicar um novo artigo descrevendo o LIRPA GT, desta vez, "chutando o pau da barraca".
NE Z80, NE Z8000 e CP 200
NE-Z8000
A História por Trás do NE-Z80 e o Desafio que Deu Origem ao CP-200
Em 1981, o laboratório da revista Nova Eletrônica foi transferido para o edifício da Filcres, na Rua Aurora, em São Paulo. Foi nesse novo endereço que recebemos uma notícia empolgante: faríamos um computador em forma de kit para ser vendido na loja da Filcres.
Do Sinclair ZX-80 ao NE-Z80
A Prológica, parceira da revista, nos enviou uma placa desmontada do Sinclair ZX-80, junto com o esquema eletrônico e alguns componentes básicos, tudo dentro de uma simples caixa. Nossa missão era clara — transformar aquilo em um kit acessível para os leitores da Nova Eletrônica.
Naquela época, um computador daquele porte, capaz de se conectar a uma TV doméstica e ainda rodar um interpretador da linguagem BASIC, era uma grande novidade. Iniciamos o desenvolvimento com entusiasmo: foi meu primeiro contato com o BASIC, uma linguagem de alto nível que logo despertou minha curiosidade.
Pouco tempo depois, surgiu o NE-Z80 — não como um kit da revista, como planejado inicialmente, mas como um produto comercializado diretamente pela Prológica. A decisão partiu de Joseph Blumenfeld, um dos sócios do grupo. Anos mais tarde, ele me confidenciou que o projeto havia ido parar no laboratório da revista porque ninguém mais na diretoria acreditava em seu potencial. Temia-se o fracasso. No entanto, o NE-Z80 se revelou um enorme sucesso.
Mesmo sem ser funcionário da Prológica, participei ativamente da fabricação: trabalhei por muitas horas na linha de produção, ajudando e treinando os técnicos a identificar e corrigir falhas nas placas que não funcionavam corretamente.
A Evolução para o BASIC Científico e o Nascimento do NE-Z8000
Não demorou muito após o lançamento do NE-Z80 para que a Sinclair introduzisse o BASIC Científico, uma versão avançada com funções matemáticas sofisticadas. Um dia, um usuário de Brasília trouxe um kit oficial da Sinclair (ROM + membrana de teclado) que transformava o BASIC comum em Científico — mas não conseguia fazê-lo funcionar no NE-Z80.
Percebi rapidamente o motivo: o nosso modelo usava EPROM, cujo sinal de Chip Select (CS) estava invertido em relação à ROM original do ZX-80. Sem o kit em mãos, pedi ao cliente que nos enviasse o material para análise. Ele confiou e despachou o kit.
Copiamos a ROM e nosso desenhista adaptou o teclado. Internamente, decidimos recompensar a confiança: mandamos ao cliente uma EPROM com o novo software gravado e, de bônus, um NE-Z80 atualizado com o BASIC Científico. Assim nasceu o NE-Z8000.
Os Primeiros Contatos com o ZX-81 e a Ideia do CP-200
Quando colocamos as mãos no primeiro exemplar do ZX-81 da Sinclair, percebemos uma diferença crucial: a tela não “piscava” sempre que o processador desviava atenção do vídeo — graças ao modo SLOW, implementado via um chip dedicado. Replicar isso parecia impossível… até que me aventurei num projeto paralelo.
O Desafio Solitário e o Surgimento do CP-200
O desenvolvimento do CP-200 foi minha empreitada mais solitária e desacreditada até então. Minha missão: adicionar o modo SLOW ao NE-Z8000. Como o software era idêntico ao do ZX-81, bastava reproduzir a lógica de hardware. O problema? O ZX-81 usava um chip dedicado, tornando a clonagem complexa.
Trabalho de Campo com Analisador Lógico
Durante várias semanas, montei um “laboratório paralelo” no próprio estúdio da Nova Eletrônica. Pendurei pontas de prova de um analisador lógico Hewlett-Packard no ZX-81 original e mapeei, sinal a sinal, seu comportamento. Cada dado colhido era registrado em imensas folhas de impressão matricial, geradas por um disassembler da ROM original.
A Solução e a Consolidação do CP-200
Após intensos testes e ajustes, desenvolvi um circuito totalmente funcional. Embora a lógica não fosse uma cópia exata, era compatível e executava o modo SLOW sem falhas. Nas versões posteriores do CP-200, refinamos ainda mais o módulo, aproximando-o da implementação original da Sinclair.
Apesar de termos a capacidade de atualizar vários NE-Z8000, o departamento de marketing decidiu apresentar o avanço como um produto independente. Assim nasceu oficialmente o CP-200, unindo inovação técnica e apelo comercial.

Revista número 56, lançamento do NE-Z80
CP 200 foi meu último projeto ainda na Revista Nova Eletrônica. Após concluir o CP 200, fui convidado a trabalhar na ITAUTEC, que estava prestes a lançar o I7000. Alguns anos depois, fui novamente convidado a voltar ao grupo de empresas ao qual a revista pertencia, desta vez na Prológica.
O PROTECAR E A BRASÍLIA DO CHEFE

Em uma fase da minha vida, coincidente com o período em que trabalhei na Nova Eletrônica, eu era propenso a inusitadas coincidências. Essa foi uma delas.
Em uma das edições, desenvolvemos uma versão automotiva do alarme ultrassônico. Como de costume, tudo precisava ser desenvolvido, testado, descrito e transformado em um kit em menos de um mês, uma verdadeira loucura.
Na fase de testes, nós, simples técnicos, precisávamos testar o alarme em um carro. No entanto, com o salário de técnicos, ninguém possuía um carro adequado para isso. A solução foi convencer nosso gerente a emprestar sua Brasília zero quilômetro, novinha em folha, como cobaia.
Eu me encarreguei de passar uma manhã inteira no carro, instalando, anotando os procedimentos e testando o alarme, com nosso gerente supervisionando tudo de perto para garantir que nada ficasse fora do lugar ou mal feito em seu precioso veículo. Na hora do almoço, com tudo instalado e testado, nosso gerente pegou a Brasília e foi almoçar.
Não demorou muito, ele ligou de um orelhão (celulares não existiam ainda) aos berros, pedindo que eu pegasse um táxi e fosse encontrá-lo com ferramentas e instrumentos no estacionamento de um banco a alguns quilômetros da Nova Eletrônica. Chegando lá, encontrei-o quase louco, com o alarme arrancado do painel, fios pendurados e a Brasília morta.
Ele esbravejava, dizendo que o alarme tinha danificado o carro e que nem as luzes acendiam mais. Depois de acalmá-lo, religuei os fios originais do carro e, para nossa surpresa, a Brasília continuava morta, sem dar sinal de vida.
Após alguns testes e um tempinho a mais, verifiquei que não havia energia no carro. Fui até a bateria e, pasmem! O cabo da bateria de uma Brasília novinha estava com mau contato no terminal de terra. Foi necessário retirá-lo, limpar os contatos e apertá-lo.
E então, a Brasília voltou à vida. Uma coincidência incrível, pois é um defeito que só apareceu naquele momento, não é comum e nada tinha a ver com a instalação do alarme. Nosso gerente entendeu que não tínhamos culpa na pane da Brasília.
Ao voltar para a Nova Eletrônica, reinstalei o alarme, tomando o cuidado de apertar os cabos da bateria novamente.
À noite, nosso gerente foi para casa e, depois de voltar da faculdade, não pôde colocar a Brasília na garagem porque sua mãe havia feito uma reforma e o piso da garagem estava com o cimento fresco. Ele teve que deixar a Brasília estacionada na rua, em frente à sua casa.
Lá pelas 3 da manhã, o alarme ultrassônico disparou!
Ele saiu da cama xingando todos, inclusive minha mãe. Só não ligou para todos os técnicos porque não havia celulares e eu nem tinha telefone em casa.
Chegando na Brasília, acompanhado pela mãe e pelo irmão, ele percebeu que a porta do carro estava entreaberta.
Resultado: a instalação do alarme impediu que ele ficasse sem sua Brasília que, por sinal, nem tinha seguro.
E assim, o alarme foi lançado na próxima edição da revista, testado e aprovado.
NEZ80 E O CONTROLE DA NATALIDADE

Após o lançamento do NE-Z80 pela Prológica Microcomputadores, que inicialmente seria um kit da revista Nova Eletrônica mas não foi devido à complexidade da montagem, fui encarregado de acompanhar o início da produção na linha de montagem da Prológica.
Tudo ia muito bem até que, um dia, decidi criar um programa realmente útil e que coubesse na estupenda memória do NE-Z80, de 1K byte.
Nas horas de folga na fábrica, comecei a desenvolver um pequeno programa que mostrava, em um gráfico, os dias em que a mulher ficava fértil, baseado no primeiro dia da menstruação e na medida diária da temperatura.
O programa calculava qual a faixa de dias em que a mulher provavelmente poderia engravidar. O resultado era um gráfico onde os dias férteis apareciam em negrito. Inocentemente, usei este programa para testar algumas unidades do NE-Z80 na produção.
A linha de produção era composta por 99% de mulheres e, depois que uma delas viu o programa e pediu para eu calcular o período dela, as outras logo ficaram sabendo e começaram a fazer fila na minha mesa para usar o programa. A notícia rapidamente se espalhou.
Não demorou muito para que o Sr. Joseph, um dos diretores do grupo, me chamasse em sua sala para saber o que estava acontecendo e o que exatamente era aquele programa. Pensei que ia levar a maior bronca, mas na verdade, o programa fez tanto sucesso que acabou sendo publicado na revista Nova Eletrônic, o que eu nem imaginava quando o escrevi.
Coloquei apenas uma condição para a publicação do programa: A descrição deveria conter seguinte texto:
"O autor não se responsabiliza pelas consequências do uso do programa, que foi concebido simplesmente para uso didático..."
Fico pensando quantas pessoas existem hoje que podem ser consideradas "Filhos do NE-Z80".
Alguém já assistiu ao filme "A Geração de Proteus" de 1977?
Se não assistiu, assista pois vale a pena.
Naquela época, minha esposa Nice e eu éramos recém-casados e usávamos a "tabelinha" como método anticoncepcional.
Nice e Vanessa nossa filha. O feliz resultado do uso da "tabelinha"
(foto da época)
O BEEP DO POWER 200
Alguns já devem saber que muitos projetos e artigos da Nova Eletrônica eram "baseados" em projetos de revistas estrangeiras. O Power 200 não fugia à regra e, se não me engano, veio da revista Elektor inglesa.
Depois de concluído, instalamos um dos protótipos como sistema de PA na fábrica da Prológica. Em uma noite, daquelas em que inevitavelmente tínhamos que ficar até mais tarde, notei que no alto-falante do PA havia um bip cadenciado com um período bem definido.
Aquilo nos deixou intrigados, pois o Power 200 deveria ser um amplificador de HI-FI e aquele bip era indesejado. No dia seguinte, começamos a investigar em outro protótipo, e realmente, o bip aparecia com uma cadência de aproximadamente um a cada quatro segundos.
Foi um festival de blindagens, filtros, mudanças de circuito, polarizações e nada do bip sumir, Ficamos quase uma semana investigando sem sucesso, até que um dia...
Estava, à noite, comendo um sanduíche na varanda do prédio da Nova Eletrônica, ouvindo aquele bip insuportável, quando meus olhos se voltaram para o final da pista do Aeroporto de Congonhas. O laboratório da Nova Eletrônica ficava na Av. Santa Catarina, ao lado e a uns 3 quilômetros do aeroporto.
Percebi que o bip coincidia com o momento em que a antena de radar apontava para nosso prédio. Estava ali o causador do bip.
Alguma junção no circuito estava demodulando o sinal de radar e causando aquele maldito bip. Como o problema ocorria somente com aquela enorme fonte irradiando micro-ondas, (coitados dos vizinhos do aeroporto), não tomamos nenhuma medida de correção no circuito. Se alguém próximo ao aeroporto montou o Power 200, certamente teve o mesmo problema.
Ah!, o Power 200 não tinha, e nem chegava perto dos 200W RMS, entregava aproximadamente 20W RMS por canal. Era baseado em um chip da National, com saída em um par de transistores 3055 e 2955.
Naquela época, existia o artifício de marketing da potência IHF (potência dinâmica ou potência musical).
Se fosse hoje, ele seria anunciado com uns 10.000W PMPO.
DO MANUSCRITO ATÉ O ARTIGO FINAL - O Receptor de rádio controle.
Naquela época, não existiam computadores gráficos à disposição.
Neste projeto, o neurologista Gary Gronich, que trabalhava no projeto do detector de ondas alfa e que entendia muito de rádio controle, lixou minha plaquinha de circuito impresso até chegar à espessura de 0,5mm. Isso ajudou muito a diminuir o peso final do receptor. Gary me ensinou muito sobre rádio controle.
Meu manuscrito do esquema
GHOST WRITER!
Em abril de 1981, um de meus artigos na revista Nova Eletrônica, assinei com o nome de minha esposa Nice.
Nice, hoje.
A HOMOLOGAÇÃO DO WALKIE-TALKIE
Este pequeno transceptor operava na faixa do Cidadão em 27 MHz.
Não precisava, mas fizemos questão de avaliá-lo no laboratório da VASP no Aeroporto de Congonhas, que era um dos laboratórios credenciados pelo antigo DENTEL.
O Walkie-Talkie foi homologado pelo DENTEL, cuja homologação foi mencionada em um exemplar posterior da Revista Nova Eletrônica.
Foram várias viagens para cumprir a burocracia até a sede do DENTEL, em Brasília, para a conclusão do processo de homologação.
O PROJETO SINISTRO
Quando eu trabalhava consertando kits da Nova Eletrônica na loja da Filcres, sempre apareciam clientes precisando de algum projeto específico, e os balconistas me indicavam para atender essas demandas.
Uma vez apareceu um senhor que precisava de um projeto para um sistema que seria vendido para cemitérios e seus clientes.
Tratava-se de um alarme para prevenir a morte de pessoas enterradas ainda vivas.
Essas pessoas poderiam ser vítimas de uma condição transitória chamada Catalepsia, na qual o paciente apresenta uma incapacidade total para se mover, podendo ser confundido com morto.
O projeto consistiria em um sensor de movimento e som, que seria colocado dentro do caixão junto com outros acessórios como oxigênio e iluminação. Quando acionado, o sistema ativaria a liberação do oxigênio e a iluminação, além de transmitir via RF um alarme para a administração do cemitério.
Ilustração de um projeto de alarme primitivo na internet
O senhor , que encomendo projeto, até publicou uma matéria paga em jornal, alertando os leitores sobre o problema. Essa matéria até citava um ator famoso que havia falecido e houve a suspeita de que teria sido enterrado vivo.
Depois de refletir muito, declinei de fazer o projeto. Eu temia que um erro qualquer pudesse custar a vida de alguém.
O WALKIE-TALKIE DO EXEMPLAR NÚMERO 4
Quem se lembra do Walkie Talkie PX da faixa do Cidadão, que aparece no artigo do primeiro Kit de frequencímetro na Revista Nova Eletrônica número 4?
Olha o meu exemplar, na minha bancada, hoje em dia! É um rádio Tokai japonês de um único canal (7), com uma antena de quase 1/4 de onda (cerca de 2 metros de altura) e uma potência de 200 mW. Este exemplar foi adquirido em 2017 e fabricado na década de 60.
Ele possui uma sensibilidade tão grande que, em determinadas condições de propagação e com uma antena externa, eu conseguia ouvir transmissões originárias da Itália, estando em Santos - SP. Claro, com essa potência de transmissão, só conseguia alcançar alguns quilômetros.
2017
1977
Entrevista no site Retrocomputaria.com:
Propaganda da loja da Filcres, na Sta. Ifigênia, onde iniciei no grupo da Editele, Prologica e Filcres.
Everaldo, como entro em contato com vc?
ResponderExcluirParabéns pelo post!
Abraço, Fernando Rodrigues fernando@fersoft.com.br
Bem interessante essas histórias, não sou do tempo da Nova Eletrônica, mas conheci a revista na década de 1990 quando já não existia mais, em compensação hoje tenho a coleção quase completa(quase porque o número que falta, o 84, está sendo digitalizado) disponível no blog.
ResponderExcluirUm abraço
Adorei as histórias referentes ao NEZ80 e 8000! Ri muito do controle de natalidade e agradeço por ter esclarecido como surgiu o NEZ8000. E esse rapaz de Brasília, teve mais notícias dele? Ele ficou satisfeito? :D
ResponderExcluirEmerson,
ResponderExcluirNaquela época, contatar as pessoas era muito difícil, mesmo por telefone. Nunca mais tive contato com ele.
Ele ficou satisfeito sim, pois ficou com dois computadores moderninhos e funcionando. O envio do segundo computador não foi comunicado a nossos superiores e no final eles nem souberam ao certo como conseguimos, antecipadamente, o código da rom do synclair zx-81. Depois de algum tempo recebemos um exemplar do synclair ZX-81 que desembarcou na mala de alguém.
Abraços!.
Olá
ResponderExcluirUau adorei suas histórias.
Sou professor de uma disciplina que aborda a evolução dos games e também colecionador.
Ganhei de um compadre o NEZ8000 e de seu cunhado o TV Game II . Adoro esses dois.
Você teria algumas histórias sobre os TV Games?
Abs
Victor
Muito legal estas histórias, apesar das gafes eletrônicas, devo agradecer a NE pelo aprendizado que me proporcionou. Parabéns pela sua participação.
ResponderExcluirOlá, amigo. Muito bom saber que você trabalhou na revista NOVA ELETRÔNICA. Eu consegui baixar a coleção completa na net, e gostaria de lhe fazer uma pergunta. Na última edição, o editor, em carta aos leitores, se despede de toda a equipe, leitores e colaboradores. Você sabe informar por qual motivo a revista acabou?
ResponderExcluirLuiz, eu já não mais trabalhava no grupo ( Nova Eletrônica, Prológica e Filcres, quando sucumbiram. Creio que um grande incentivador da queda foi o plano Collor. Abs!
ExcluirEveraldo, esta foi minha landing page no seu blog,
ResponderExcluirdepois de uma fracassada tentativa de encontrar o torrent pras Nova Eletronica do Picco. Que grata surpresa. Incrivel acreditar que existia alguem por aqui capaz de mexer no zx81 (tk82c). Esse foi meu primeiro computador, que um amigo me emprestou nos duros anos da reserva de mercado. Como autodidata demorei duas semanas pra entender um loop FOR...NEXT. 1986 tinha 16 anos e nao entendia nada de ingles. O legal e' que o tk82c era bem mais rapido que a regua de calculo, mas me afastou das namoradas. O resto foi uma nerd consequencia. Lembro que os caras mais esquisitos da escola eram os que ficavam folheando as Beabas e as NE na hora do recreio. Parabens pela sua historia invejavel :) []s
Gilmar! O NEZ80 foi minha primeira empreitada com linguagem de alto nível ! kkkk. Também sou auto-didata em eletrônica e informática. Tenho orgulho de ter participação ativa no início da computação no Brasil. Abs.
ResponderExcluirOlá Everaldo! Legais as histórias do blog!! Também comecei na informática no NEZ-8000, com cerca de 13 anos de idade, e aprendi a programar com o manual de BASIC dele - bons tempos aqueles! Uma pergunta que sempre me intrigou: por que o NE-Z8000 não tinha o SLOW? Isso praticamente impedia programarmos jogos em Basic, por conta do pisca-pisca na tela, mas por outro lado me obrigou a aprender Assembly do Z80 para contornar a limitação... Outra dúvida: essa ROM (o kit do Basic científico) que deu origem ao NE-Z8000 é exatamente a mesma do ZX81? Um abraço, Marcelo.
ResponderExcluirLegal estas curiosidades sobre a Nova Eletronica e particularmente sobre o NE-Z8000. Quando comecei a me interessar pelos computadores era esse e o recem chegado TK82C disponíveis e razoavelmente dentro do orçamento. O TK levou vantagem por ter o dobro de RAM, estupendos 2Kb :)
ResponderExcluirFantástico, doces lembranças, parabéns.
ResponderExcluirEsses tempos foram incríveis, pena que não voltam mais. Éramos felizes e não sabíamos. Comecei a colecionar a NE no número 6 - foi minha primeira revista de Eletrônica e fui até o final da revista, lá por 1986. Os kits eram interessantes e completos: em sua maioria vinham acompanhados até de caixa para montagem; não eram como hoje, uma mera plaquinha de CI com um punhado de componentes em um saco plástico. Duas coisas que lamentei nos anos 80 foi o fim da NE e a saída da Filcres do ramo de componentes eletrônicos. Tinha comprado meu primeiro ferro de solda lá, um Ener 00 de 28W.
ResponderExcluirObrigado por esta viajem no tempo. Explicar o mundo da eletrônica para meus filhos é muito difícil. Tudo era novo e cheio de possibilidades. Sempre uma aventura. Equipamentos de som eram o que hoje é o smartfone. Todos queriam ter um melhor e maior e tínhamos a possibilidade de monta-los com um um ferro de solda ordinário e componentes comprados na loja da esquina.
ResponderExcluirGrande abraço
ResponderExcluirCheguei a ter todos os exemplares da Nova Eletrônica, do 1 cento e poucos... não lembro mais. Entrei na Engenharia Eletrônica da UFRGS (1975) e ela foi uma ótima companheira. Depois doei toda coleção para a UFRGS.
ResponderExcluirEveraldo, eu tenho a coleção completa da NE, conheci a revista entre 1977-1979 por meio de um tio que estudava Engenharia Elétrica na FAAP. Ele de vez em qdo comprava a revista, e lembro d um exemplar q me chamou a atenção, pois tinha na capa um aeromodelo do tipo "Decathlon" ilustrando um projeto de controle remoto multicanal (isso só me ocorreu décadas depois, pois nessa época eu só tinha entre 6-8 anos de idade).
ResponderExcluirSempre me interessei tanto pelos projetos de eletrônica digital bem como os de áudio, nas primeiras edições (década de 70) sempre muito bem escritos e projetados pelo CCDB. Pergunto se alguma vez teve contato com ele, e se teria alguma(s) história(s) para contar sobre ele?
Boa tarde !montei o amplificador Power 200 e eu que acreditei que dava 200wrms!rsrs!na época o ci lm391 era critico de se encontrar tive que comprar 20 pois a ficril so vendia em quantidade !depois de pronto não. funcionava já estava desistindo da montagem até. que descobrir através de um anuncio de uma pessoa vendendo ele funcionando perguntei como conseguiu funcionar !.ai ele me falou que tinha que aterrar a entrada do rca no ctp do trafo ! uma errata do projeto que nãofoi divugado ! depois foi show de bola !Narciso jose do patrocinio filho salvador-ba
ResponderExcluirEu tive sorte. Montei o meu mas consegui comprar os dois circuitos aqui no centro do Rio. So tive problema na hora de acertar o trimpot. Consegui. O aparelho funciona até hoje.
ExcluirOla!Obrigado por compartilhar estes "CAUSOS".SUCESSO!
ResponderExcluirViagem no tempo de ser feliz e não saber
ResponderExcluirMontei o power 200 na década de 90 e funciona até hoje. A única dificuldade foi com trimpot de ajuste. O resistor esquentava tanto que esfumaçava. Mas consegui.Está acoplado a um pré da Cignus e a um par de caixas Lando 4000x
ResponderExcluirEm qual número saiu esse power 200 da Nova Eletrônica?
ResponderExcluirRevista Nova Eletronica Nº 34
ExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirEveraldo, boa tarde!
ResponderExcluirColecionei todas as revistas da Nova Eletrônica (inclusive cheguei a encadernar os primeiros volumes com as capas duras que foram inicialmente vendidas com elas!), sendo que eu, na época um garoto, esperava ansiosamente por cada número lançado! Bons tempos, aqueles!
E lembro-me bem da época em que foi publicada a reportagem sobre o “Lirpa”, pois eu achei demasiado estranho aquele aparelho e suas “singulares” características, motivo pelo qual fui “caçar” o artigo original, que acabei encontrando mais tarde e com o qual dei boas risadas!
Para os leitores do seu blog que queiram entender melhor essa história, o “Lirpa” foi publicado na Nova Eletrônica nº 19, de setembro de 1978, página 53; o “Lirpa GT” saiu na Nova Eletrônica nº 22, de dezembro de 1978 ‘escondido’ na página 66 (ambas disponíveis no Blog do Picco) e o artigo original havia saído na revista “Audio”, de abril de 1978 (uma cópia do artigo original pode ser conseguida no link https://forum.polkaudio.com/discussion/166823/audio-magazine-april-1978-prof-lirpa-vdrs-full-review ).
Quem conseguir outras revistas Audio do mês de abril de outros anos, poderá ver outros projetos “interessantes” do “famoso Prof. Lirpa”… rs
O mais interessante é que alguém levou a ideia a sério e nos anos ‘80 fizeram um toca-disco rotativo, no formato de uma Kombi, inicialmente chamado de “Tamco VW Soundwagon”, depois “Tokyo Vinyl Killer” e, mais recentemente, chamado de “Record Runner”, como pode ser visto nos links abaixo!
http://www.dj-rooms.com/soundwagon-record-player/
https://recordrunner.jp
Abs!